Dança

A mãe de todas as artes
Definir Dança não é simples, pois esta pode assumir variadíssimas formas, desde uma auto-expressão espontânea de movimento, a um encontro social, um ato meditativo a um espaço performativo apresentado perante uma plateia. Sachs (1944) define Dança como a mãe de todas as artes. Refere que a música e a poesia existem no tempo, já a pintura e a escultura existem no espaço, enquanto na Dança, o criador e a criação, o artista e a obra são uma única coisa e idêntica. Para Sachs (1944), os desenhos rítmicos do movimento, o sentido plástico do espaço, a representação animada de um mundo visto e imaginado, são criados no corpo por meio da Dança, e antes de utilizar a substância, a pedra e a palavra, a Dança surge como manifestação das experiências interiores do homem. Susan R. Koff (2015), refere que a Dança é uma disciplina que trata da expressão humana, um aspecto fundamental que define o ser humano, e que, definida desta forma, pode influenciar o desenvolvimento de um currículo neste domínio. Neste mesmo sentido Pinar e Bowers (1992) sugerem, que é importante criar currículos fiéis a uma definição mais ampla de Dança e à cultura local, em oposição a currículos no domínio da Dança seguindo um paradigma ocidental que conota a Dança com o domínio de um conjunto de técnicas.
Pina Bausch, uma referência na Dança Contemporânea, referiu que a Dança é uma forma de comunicar com o Mundo e comunicar o próprio Mundo. Acrescenta nos seus textos sobre Dança o conceito de corpo-livro, que é edificado e entregue a partir do corpo de cada bailarino, da sua biografia e da forma como se mostra (Bausch cit por Ribeiro, 1994).